No universo da música pop pode-se limitar em menos de 5% o que existe realmente de importante e deixar o saldo entre o medíocre e o comercial. Mas é claro que isto acontece também em muitos outros gêneros, de forma que a música D. B. (Depois dos Beatles) não é nem pior, nem melhor - apenas inseridas num contexto de consumo.
Faça-se a experiência; coloque-se uma dezena de lps na radiola e se escute sem maiores preconceitos. Dificilmente, se encontrará entre uma dezena de diferentes conjuntos mais do que um capaz de mostrar um estilo próprio - uma personalidade que o distinga dos demais. A primeira vista, isto é, audição, a impressão que se tem é, muitas vezes, de que se trata de um único grupo - tal a uniformidade de macetes e utilização dos recursos dos instrumentos convencionais, que a tecnologia desenvolveu nestes últimos anos - guitarras elétricas, keyborads, moog etc. Por isto, quando um grupo cria realmente um som novo, apresenta propostas sonoras de MÚSICA (e não de um determinado tipo de barulho) estão prontos a aceitar. Por isto tudo considero imbecis as divisões entre "fãs de música pop" ou "apreciadores de música tradicional". Mesmo o mais sofisticado apreciador de Bach, desde que não seja limitado por viseiras de preconceito, não negará o valor de um grupo como o Emerson, Lake & Palmer ou deixará de reconhecer os méritos do lp "The Six Wives of Henry VIII" de Rick Wackman. O que importa é o talento, a criatividade, a honestidade no trabalho - e não a cópia barata, comercial, que tantos tentam. Até o plágio ou a imitação de um bom grupo pode ser tolerável. O injustificável é a adaptação dos medíocres. Seja na música ou em qualquer outro campo artístico. Vamos prosseguir a resenha das novidades no campo da música pop, aparecidos nestes últimos meses.
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